As
normas brasileiras para segurança em turismo de aventura foram utilizadas como
base para a normalização internacional do turismo de aventura, no âmbito da
ISO, que deve entrar em vigor neste semestre, segundo a Associação Brasileira
das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta). Foi da Abeta a
iniciativa, em 2009, em parceria com o MTur e o Sebrae Nacional, de
apresentação ao Grupo de Trabalho de Turismo de Aventura da ISO de três normas
brasileiras: a de Sistema de Gestão da Segurança em Turismo de Aventura,
Informações Mínimas Preliminares a Clientes e a de Competências Mínimas do
Condutor de Turismo de Aventura.
As
três normas se tornaram os documentos de base para o processo de construção das
normas internacionais, que durou cinco anos. “Foi um trabalho de coordenação
conjunta entre Brasil e Reino Unido, que também tinha um documento referência.
É uma mostra clara de como o nosso país está avançado neste sentido”, diz o
coordenador de Normalização da Abeta, Leonardo Persi. “O Brasil é o país com o
conjunto mais consistente de normas voltadas para o segmento de turismo de
aventura e ecoturismo”, explica.
As
normas internacionais ISO para o turismo de aventura devem ser publicadas no
início deste ano. Depois disso, as empresas brasileiras podem sair na frente,
segundo a Abeta, uma vez que quase 100 empresas nacionais já tiveram seus
sistemas certificados com a norma principal deste processo – a de sistema de
gestão da segurança – e teriam facilidade para se adaptar às diretrizes
globais. “As empresas brasileiras de turismo de aventura poderão demonstrar, em
nível mundial, que o País está no caminho certo para oferecer serviços com
qualidade e segurança. Efetivamente estarão colocando em prática processos de
melhoria de gestão das pequenas e microempresas, que no setor de turismo de
natureza é a grande maioria dos empresários”, explica Persi.
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