O Pirma usará aviões monotores, com
baixo custo operacional, para interligar os territórios mineiros
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Codemig e Setop
promovem a interligação de 12 municípios com a capital numa iniciativa para
estimular o desenvolvimento econômico nos 17 territórios
O Governo do Estado, por meio da
Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da
Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), está iniciando a
implementação o Projeto de Integração Regional de Minas Gerais - Modal Aéreo
(Pirma).
A partir da segunda quinzena de agosto
os 12 municípios da primeira fase do projeto - Curvelo, Diamantina, Divinópolis,
Juiz de Fora, Muriaé, Patos de Minas, Ponte Nova, São João del Rei, Teófilo
Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa - passarão a contar com vôos fretados para Belo
Horizonte.
Essa iniciativa inédita responde às
diretrizes estratégicas do plano de governo de levar ações de desenvolvimento
econômico aos diversos territórios de Minas Gerais.
Para tornar viável a interligação aérea
do interior com Belo Horizonte, a Codemig realizou pesquisa de mercado ouvindo
2.100 pessoas em 31 municípios, verificou a aceitação do emprego de aviões
monomotores de baixo custo operacional e assumiu o risco econômico do
empreendimento, afretando aeronaves para o transporte não regular de
passageiros e cargas.
A vencedora da licitação pública na
modalidade de Ata de Registro de Preços foi a empresa Two Taxi Aéreo Ltda., que
opera desde 2001 aviões Cessna Grand Caravan 208 B, homologados atualmente pela
Anac para o transporte de nove passageiros.
Para a venda dos assentos de cada vôo, a
Codemig licitou a operação de e-commerce. Os vouchers poderão ser adquiridos
por meio de aplicativos para tablets e smartphones ou pelo site
www.voeminasgerais.com.br.
Na primeira fase do Pirma serão 60 vôos
semanais ligando o interior à capital. Cada vôo cobrirá em média 200 km, terá
duração de 40 minutos e custará cerca de R$ 300,00 por passageiro.
As rotas e freqüências dos vôos foram
definidas preferencialmente para cidades não atendidas pela aviação regular,
tomando-se como referência a demanda de passageiros em função do preço do
voucher.
Em uma segunda etapa, confirmada a
sustentabilidade técnica e econômica do projeto, serão incluídas novas
localidades, além de aumentada a frequência dos voos.
O presidente da Codemig, Marco Antônio
Castello Branco, destaca o papel de fomento da economia através do modal aéreo.
“Nosso objetivo não é competir com a aviação comercial tradicional, mas criar
um modelo sólido e viável para complementá-la, usando empresas privadas e a
infraestrutura aeroportuária já instalada”, diz.
"Tenho a esperança de que,
conectando uma oferta de transporte aéreo eficiente e de baixo custo a uma
demanda de passageiros ansiosa para ter acesso ao serviço, o Pirma alcançará
uma operação sustentável, com pouco ou nenhum subsídio econômico da Codemig. Ao
encurtar distâncias, o transporte aéreo estimula negócios e dinamiza a economia
de toda uma região. A aviação é sempre um fator de transformação de pessoas e
de territórios”. Disse Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig
Segundo o secretário de Estado de
Turismo de Minas Gerais, Ricardo Faria, o Pirma é de extrema importância para o
incremento das atrações turísticas de Minas Gerais.
“Acreditamos que essa iniciativa da
Codemig irá fomentar o turismo em Minas Gerais, principalmente nas áreas de
negócios e lazer. Os turistas serão beneficiados com ampla facilidade de
mobilidade e, conseqüentemente, pelo intercâmbio entre as regiões. Além disso,
haverá crescimento considerável na receita ligada diretamente ao turismo”,
ressalta Faria.
O projeto
O projeto visa fomentar os negócios
regionais, desenvolver o turismo e facilitar o deslocamento de moradores do
interior a Belo Horizonte, permitindo que tenham acesso rápido a eventos e
serviços disponíveis na capital.
Para Minas Gerais, que possui uma área
total de quase 600 mil quilômetros quadrados, o investimento na regionalização
por meio do transporte aéreo é estratégico e indispensável para atender à meta
de redução das desigualdades nos 17 territórios de desenvolvimento criados pelo
Governo do Estado.
Segundo o secretário de Estado de
Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares, o incremento de investimentos
na infraestrutura dos Aeroportos Regionais, tanto em instalações físicas quanto
em equipamentos, é necessário e requer ações imediatas.
“A alavancagem de investimentos em
infraestrutura é fundamental para que o Estado de Minas Gerais que, há mais de
uma década permanece estagnado em sua participação na composição do Produto
Interno Brasileiro (PIB), volte a crescer, fixando empresas e mão-de-obra
qualificada. Isso passa, dentre outras medidas necessárias, pela reestruturação
da rede de aviação regional, com expansão da oferta de transporte”, afirma
Valadares.
Aeroportos
Segundo informações da Agência Nacional
de Aviação Civil, Minas Gerais conta atualmente com 121 aeródromos privados e
86 públicos. A administração, manutenção e exploração dos aeródromos públicos
são atribuições da União.
Porém, a Setop vem trabalhando em
processos de delegação União–Estado, possibilitando investimentos do Governo
Estadual em reformas e melhorias, e posterior delegação aos municípios ou
empresas, para operação e manutenção.
Esse é o caso do Aeroporto do Vale do
Aço. Após a assinatura de um convênio de delegação da União para o Estado, o
aeroporto está em processo licitatório para concessão, no mesmo modelo adotado
para o Aeroporto Regional da Zona da Mata.
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